É como uma criança com seus brinquedos. Ela brinca com aquele mais novo até enjoar, ficar velho e perder a graça. E depois o coloca junto dos outros, na caixa de brinquedos quebrados, que não servem mais. Ele fica guardado lá e ela o esquece, até alguém pega-lo e morrendo de ciúmes, ela querer de volta. Chora. Briga. Faz manha. Grita. Diz: é meeeu! Mesmo não brincando mais com ele, não quer que ninguém brinque também.
Mas você já viu criança feliz sem brinquedo? É aí que ela precisa de outro pra voltar a brincar, e deixar o velho de lado para quem quiser.
Ela pega o novo com os olhos brilhando, e fala: “desse eu vou cuidar manhê, eu juro, não vou quebrar e nem arrancar pedaços.” O trata com todo amor, dorme abraçada, mostra para os colegas, leva quando sai de casa e tira até foto com ele. Quem vê, aposta que esse ela realmente vai cuidar e guardar sem nenhum arranhão. Mas os dias vão passando e como todos os outros brinquedos da caixa, ela o deixa cair e quebrar um pedaço, enjoa, e adivinha o que ela faz? Termina de destruí-lo e joga-o lá. Fica triste porque não queria que isso acontecesse, mas enjoar é algo inevitável para uma criança, prender a atenção dela por muito tempo é uma dádiva. E quando todos pensam que não, lá está ela com outro, amando, fazendo carinho, dormindo abraçada e blá blá blá.
e é por isso que eu não fico satisfeito ♫
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