Quanto estamos juntos, sinto uma frieza que vem me congelando aos poucos, começa do seu primeiro toque, nas suas palavras, naquele olhar que foge dum olhar de amor. Olha nos meus olhos, me vê, mas está tão distante, seus pensamentos estão em outra dimensão. Fico sem jeito de me aproximar, de tentar aproximá-lo. Estou do seu lado, querendo um pouquinho, por menor que seja, da sua atenção, do seu riso, do seu cheiro, da sua bronca, do seu colo, dos seus conselhos, da sua força, da sua fé. E não recebo nem um abraço se não pedir, imploro sua atenção até me sentir uma carente estúpida, idiota.
Qual a mulher que não gosta de se sentir amada e mimada? Eu é que não quero viver implorando amor, brigando para ganhar um pouco de carinho. Pobre coitado é o homem que acredita que sua mulher só se conquista uma vez na vida. A conquista é diária, tem que ser. Todos os dias, tem que ter mimo, muito beijo, os abraços de urso, um pouquinho de puxão de orelha, as mensagens no celular, no facebook e no orkut, bombons e flores...
Queria que esse amor que tenho aqui fosse só para você, todo seu. Porém, quando me aproximo cheia de vontade de te amar, você foge, muda o assunto, fala dos seus problemas e vai embora. E se toco no assunto, fico pior ainda, me sinto uma mal amada. Você fica triste, faz aquele discurso de sempre, que aliás, eu já decorei. Chora, pede desculpas, diz que vai mudar, que não quer me deixar de lado, que me ama, que quer mudar por nós, que não me abandona por querer, põe culpa no trabalho, e finjo acreditar para você parar com seu drama e ir logo embora, para que eu possa chorar em paz, me sentindo mais abandonada que nunca.
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